De regresso à origem

Algures bem dentro do teu ser existe um vazio secreto (por ser “só” teu”) … Se o sentes é porque já tens consciência, senão é porque vives ainda aprisionado na ilusão que te foi “vendida”.
Este copo está meio cheio ou meio vazio? A resposta certa para alguns e que denota vida interior é a 1ª opção. Isto é uma estupidez.!
Não há nada certo porque aquilo que nos “vendem” é manipulado.
A vida é uma grande janela de oportunidades onde há margem para acontecer quase tudo ou quase nada; depende basicamente da nossa vontade e do nosso empenho por superar os nossos “limites”. Uma vida fácil sem obstáculos não trás dor e representa um zero. Uma vida com desafios, medo e vitórias representa aquilo que o criador sonhou para nós. A tua alma prefere fracassar na obtenção dos seus sonhos do que viver uma vida fácil em “rebanho”/ilusão. Tu não és aquilo que pensas. Tu és grande por dentro e irradias luz como um anjo, só que não acreditas nisto. Se não acreditas é porque não existe vazio dentro de ti … Carregas uma enorme mochila pesada cheia de medos, desilusões, tristezas, dúvidas, problemas existenciais … Essa mochila não te vai ser arrancada por obra do acaso, nem vão ser os outros que ta vão tirar. Terás que ser tu um … dia quando fores confrontado com a possibilidade de morreres (“morte lactente”) e aí tudo ficará mais claro. Nessa altura os problemas já não serão assim tão grandes …Iras relativiza-los quase a 100% (de repende passarão a terão resolução à priori, porque são problemas que nunca existiram!) Apenas se acumularam aos outros que tinhas por “afinidade.
Acredites ou não “Deus” mostra-se nos momentos árduos e sempre que duvidares disto afastas-te Dele e vives à mercê dos problemas e da degradação da tua alma (que por conseguinte também irá degradar as pessoas que estão próximas a ti, mais uma vez a dor espalha-se solidariamente pelos teus amigos, familiares …)
No final da vida temos o vislumbre em género de filme acelerado daquilo que fizemos …o filme passa rápido e no final quase sempre ficamos com um amargo na boca … Porque é que desperdiçamos o que tínhamos? Porque é que optamos por criar “lutas” connosco mesmo e com os que nos rodeiam? Porque é que perdemos tempo em destruir o propósito da vida? E agora? Agora é tarde, vais morrer.
Seria interessante que as pedras que compõem a tua mochila carregada fossem libertadas ou atiradas umas a uma para dentro de um rio?
Vencer o medo que tens em abandonar o lixo que carregas é uma questão óbvia.
Por onde começas? Pela tua consciência … Pela percepção de que vives uma vida que não é a tua e que além disso vives em sofrimento permanente. A 3afase permite-te aceder à escolha que consiste em optares se queres realmente viver uma vida com menos sofrimento do que aquele que tens dentro de ti. Em regra a mudança opera-se em situações de limite (diante de uma doença tua ou de um ente querido) ou se tu quiseres nada disto será preciso. Põe-te disponível e sente que mereces muito mais do que a “lixarada” em que a tua vida se tornou. A maioria das pessoas não se acha merecedora e desiste..Então… Se estiveres ao favor do bem procuras decerto amar e ser amado(a), se isso não sucede existe porventura esperança que algum dia em qualquer lugar isso se materialize …enquanto não tens esta “sorte”(Quem carregas pedras na mochila nunca tem esta sorte) vai fazendo alguma coisa de útil. Começa por ti … cria um templo interno em ti que ficará à espera da altura certa para ser mimado. Faz voluntariado para perceberes como tens sido egoísta até agora (teus problemas vão parecer-te insignificantes ao pé dos outros).Talvez concluas que afinal o medo de um dia sofreres como os desfavorecidos te pode bater à porta e talvez aí acordes … ou através de um milagre. Aos poucos o lixo desaparece porque tu já não olhas para o teu “umbigo” como sendo o centro do mundo. Se estiveres a sentir-te muito bem é porque realmente precisas de continuar a ajudar o próximo (para que a tua salvação aconteça). Quando o teu “ego” já não se sentir inflamado pelo voluntariado é tempo de refinar o teu ser “interno”.Podes continuar com o voluntariado mas terás que por mãos-à-obra para que o conhecimento te preencha por dentro. Nesta 4afase procuramos referências exteriores em “mestres”(como por ex a vizinha da esquina que me disse ontem uma coisa que eu não sabia) , filósofos da antiguidade e “gurus espirituais”. Com o tempo vais perceber que o que importa é beberes da luz que te é devida e não ficares preso no exilir que vem dali. Importa ires bebendo daqui e dali e mais tarde poderás beber de ti próprio(A partir do momento em que estás em perfeita comunhão com a “luz”).O tesouro não é a dependência do mestre mas o espalhar da fé pelos outros. É uma missão verdadeiramente grande e indica que saíste de ti , viste que tens uma dádiva e que sentes que é importante ser integrada pelos outros e assim o fazes.
Nesta 5afase o tesouro esta mesmo diante de ti e quase desistes. Se já acreditas(porque sentes dentro de ti) que estás ao serviço e o fazes por amor ao próximo então a tua vida já espelha esta luz.
A fase derradeira é aquilo que poucos homens na terra alcançaram : a iluminação. Perdeste o medo e tornaste-te uma adulto com a alma de uma criança, inocente e muito sábia.